Atualizações 737

O Sistema de Estabilização Automática (Maneuvering Characteristics Augmentation System ou MCAS, na sigla em inglês), é uma lei de controle de voo implementada em modelos mais novos do 737 para fornecer características consistentes de manobra do avião em ângulos de ataque elevados somente em determinadas condições específicas de voo. O MCAS não deverá operar em condições normais de voos comerciais. Com as mudanças que fizemos à aeronave, a maioria das tripulações de voo provavelmente nunca se deparará com uma situação que ative o MCAS.

Ângulo de Ataque (AOA, na sigla em inglês) é aquele formado pela direção em que o nariz do avião está apontando e a direção do vento em sentido contrário.

As regras de controle de voo do Sistema de Estabilização Automática (MCAS) foram desenhadas e certificadas para modelos mais novos do 737 para oferecer qualidades consistentes de manobra sob condições inusitadas de voo.

O Sistema de Estabilização Automática (MCAS) somente é ativado na rara situação em que todas as três condições a seguir ocorrerem simultaneamente:

• • O ângulo de ataque do avião se aproximar de um valor muito maior que o normal devido a velocidades muito baixas ou manobras bruscas.
  • O piloto estiver voando manualmente.
  • Os flaps do avião estiverem levantados.

Redefinimos como os computadores de controle de voo da aeronave processam as informações provenientes dos sensores de Ângulo de Ataque (AOA). Eles agora comparam as informações de ambos os sensores AOA - ao invés de apenas um - antes da ativação, resultando em uma camada adicional de proteção. Além disso, a partir de agora o Sistema de Estabilização Automática (MCAS) será ativado uma única vez e jamais aplicará força maior do que o piloto consiga compensar usando somente o manche. Os pilotos continuarão sendo capazes de assumir o controle a qualquer instante.

Sim. Como resultado do trabalho feito para recolocar a aeronave em operação, fizemos mudanças adicionais. Essas mudanças foram descritas de forma detalhada em publicações recentes de agências reguladoras e incluem, por exemplo:

• Melhora do software do computador de controle de voo para fornecer mais verificações cruzadas entre os computadores de controle de voo.
• Modificações e maior separação de algumas fiações elétricas para atender a requisitos das agências reguladoras.

Durante o treinamento, os pilotos concluirão um conjunto de módulos de treinamento no computador que lhes fornecerá uma compreensão aprimorada do sistema de controle de voo do 737, incluindo o MCAS e as alterações relacionadas ao software do avião. Os pilotos demonstrarão seus conhecimentos completando cenários em um simulador de voo que reforça os procedimentos principais. É importante observar que os requisitos finais de treinamento para cada país serão determinados por cada agência reguladora.

Tomamos várias medidas para melhorar ainda mais a cultura de segurança da nossa companhia. Essas ações incluem:

• Formação de um comitê permanente de segurança aeroespacial com membros do conselho da companhia e reestruturação da organização de engenharia da empresa, com todos os engenheiros reportando ao engenheiro chefe da Boeing.
• Criação de uma nova organização de Segurança de Produtos e Serviços, que irá revisar todos os aspectos de segurança de produto e continuamente fiscalizar nossa equipe de Investigação de Acidentes bem como os nossos comitês de revisão de segurança.
• Implantação de um Programa formal de Requisitos de Projeto, além do aprimoramento em nosso Programa Continuado de Segurança Operacional.
• Fortalecimento de nossas parcerias com as companhias aéreas e outros stakeholders da indústria a fim de garantir que os projetos das cabines de comando e treinamento geral levem em conta as necessidades de futuras gerações de pilotos.

Existem hoje mais de 800 aeronaves 737-8 e 737-9. Pouco mais da metade delas ainda não foram entregues e estão na Boeing. As demais foram entregues e integram frotas em todo o mundo.

• As companhias aéreas precisam receber aprovação regulatória para seus programas de treinamento.
• Os pilotos precisam concluir todos os requisitos de treinamento.

• Aviões Entregues: As companhias aéreas precisam implementar todas as mudanças exigidas pela agência reguladora nas aeronaves em suas frotas e concluir todas as tarefas de ativação.
• Aviões Não Entregues: A FAA realizará revisões individuais pessoalmente em cada avião não entregue antes de emitir um certificado de aeronavegabilidade.

Continuamos a nos engajar de forma estreita com agências reguladoras internacionais em todo o mundo, fornecendo a eles as informações necessárias para avaliar as atualizações à aeronave e treinamento.